terça-feira, 17 de maio de 2011

Ideal União

Agora a realidade
Não mais apresenta utilidade,
Já que o amor ideal
Sobressai-se à razão.

Tudo é maravilhoso
No mundo perfeito,
Construído ao nosso jeito,
Que parte da mente
E do coração.

Deixando-se levar
Perante todos os sentimentos,
Apenas pelo amor e desejo
Fundidos em uma pura ligação.

Não se quer mais acordar
Do sonho incrivelmente belo.
Que nos deixa se apaixonar,
E ao menos sonhar,
Com nossa ideal união.


sexta-feira, 11 de março de 2011

Inesperadas Amizades

Num sábado ensolarado de primavera, eu mais uma vez me dirigia a casa da minha avó. Chegando lá, cumprimentei-a e perguntei se ela precisava de algo antes que eu começasse a ler.
Ela sem hesitar respondeu:


"Termine o nosso livro e depois faremos qualquer outra coisa menos importante."


Enquanto eu lia atenciosamente o final da história, reparei em uma lágrima, única e sincera escorrendo pelo seu olho.
Foi aí que pela primeira vez em anos, percebi que eu mantinha a minha avó viva. Percebi que em todo sábado que eu ia até sua casa, fazia ela participar da experiência incrível de poder entrar em um mundo extraordinário, a cada livro lido, a cada história terminada.



Apesar da cegueira ter tomado conta dela, impedindo-a de enxergar fisicamente, ela sempre conhecia novos cenários e tinha as mais vivas lembranças dos detalhes de cada lugar, onde se passavam aquelas histórias dos ótimos livros da minha amada Mary Emily.




Minha avó sempre me contou muito sobre sua juventude, que fora passada toda ao lado de sua melhor amiga Mary.
Depois de ouvir muito as mirabolantes situações pelas quais as duas passaram, onde se manifestava a coragem e inteligência plena de Mary, eu me apaixonei por ela. Descobri que ela era também uma fascinante escritora. Suas escritas sempre eram entregues a minha avó, e foi dessa forma que li tudo o que Mary já havia escrito, despertando em mim cada vez mais fascinação por sua forte personalidade.




Certo dia, em um agradável passeio pelo parque, avistei sentada em um banco uma senhora que admirava a paisagem do lago e resolvi me sentar ao seu lado.
Depois de certo tempo conversando, comecei a perceber uma semelhança incrível no jeito daquela senhora com tudo o que eu almejava ser e fazer no futuro.
Passamos a nos encontrar todos os fins de semana naquele mesmo banco, e criamos uma bela amizade.




Passado-se um bom tempo, minha avó chegou ao seu leito de morte, e como último desejo, ela pediu para que eu pegasse uma carta que estava guardada e disse que se algum dia encontrasse Mary, que eu deveria entregar-lhe a carta.
Nunca pensei que um dia algo assim fosse acontecer, então abri a carta e a li:


"Querida Mary,
Quero que saiba que nunca te esqueci.
Sei que tivemos nossas diferenças e que isso nos afastou. Mas espero que um dia, você ainda me perdoe pelos meus erros.
Agora, em meu leito de morte, quero dizer-lhe que espero muito o dia em que nos encontraremos na eternidade. Enquanto isso continue aí, sentada em nosso banco a beira do lago, onde nunca pude estar contigo.


Com amor,
Sophie"


Nesse momento, lágrimas escorreram pelo meu rosto e foi então que senti meu coração pulsar, pensando que tinha criado uma forte amizade com Mary. Todo esse tempo, eu conversei todos os fins de semana com a pessoa que eu mais admirava.


Fui correndo para o parque esperando encontrar Mary, sentada no banco, como em todos os domingos.
Não a encontrei. Havia em seu lugar um papel e um livro sobre o banco.
Peguei o papel e li:


"Querida amiga,
Hoje não pude estar contigo, me desculpe.
Precisei partir hoje cedo e não sei se voltarei um dia.
Sua amizade será eterna e sempre me lembrarei desse sorriso lindo que você tem.
Deixo aqui uma pequena lembrança. Um livro que escrevi há tempos, mas que nunca consegui entregar a minha melhor amiga. Então, e com carinho que dou ele a você, já que acho que se identificaria muito com ele.


Adeus, Com amor,
Mary Emily."


Com mãos tremulas peguei o livro. Intitulado "Inesperadas Amizades" e dedicado "A todos aqueles que um dia conheci e que não tive a oportunidade de dizer 'obrigada pela companhia'."


FIM!

Aqui foi meu primeiro conto galera. Obrigada pela atenção.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O mundo imaginário do subconsciente



O momento pleno de nosso repouso acontece enquanto estamos infiltrados no mundo dos sonhos.

É uma sensação incrível poder ver seus maiores desejos ou maiores medos se realizarem. Coisas inesperadas e absurdas acontecem, e as sensações são tão reais que pensamos que aquilo está realmente acontecendo até acordarmos e percebermos que tudo era uma grande inverdade. Esse momento de percepção pode proporcionar grande alivio, ou grande decepção.

Nada mais extraordinário do que passar algum tempo de seu sono dentro de um mundo espetacular e imaginário onde tudo pode acontecer. Acredito que a maior parte das pessoas rendem uma boa conversa se o assunto for sua experiente vida de mirabolantes histórias que foram apenas sonhadas.

Histórias vagas, que não tem um fim descritivo, porque tudo que lembramos no final, é de termos acordado e tudo ter parado de acontecer. Intrigante não. As coisas não tem um começo, meio e fim, elas simplesmente acontecem aleatoriamente.

Acordar, não lembrar do que sonhou e passar um tempo sentado na cama pela manhã fazendo um certo esforço para tentar se recordar do que aconteceu, é uma coisa que normalmente acontece com as pessoas.

Presenciar uma vida de multipersonalidades em um mundo alternativo todas as noites é algo extraordinário. Uma fuga do mundo em que vivemos, cheio de problemas e obstáculos que nos impedem de dar um simples sorriso. Um mundo onde nada mais importa, apenas o que você está presenciando naquele exato momento. Tudo o que se passa em sua mente é o que você sente e o que você vê naquela hora.

Esses momentos de puras sensações acabam, mas o desejo de voltar para seu mundo absurdo e maravilhoso sempre continua.

Obrigada a todos pela leitura desse texto louco. :D














segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nossa comum persistência ao erro.

Nós nos apegamos muito fácil aos nossos defeitos.  É muito mais difícil se livrar de um defeito do que adquirir novas qualidades. Acontece que as novas qualidades que nós praticamente impomos a nós mesmos só servem de camuflagem para esconder o que não conseguimos nos livrar, as nossas imperfeições.

É muito difícil admitir que estamos errados, mas e mais difícil admitir que o outro esta certo no nosso lugar. Saber que erramos e ruim, mas apesar da vergonha e da indignação, nós insistimos em continuar fazendo o mesmo sempre que temos oportunidade.


Acho que tem uma explicação básica pra isso. Acontece que tomamos nossos defeitos como 'atitudes de estimacao', que temos medo de largar, porque afinal de algum modo isso faz de nós o que somos.


Nós começamos a ser definidos mais por nossos defeitos que por suas qualidades, já que nossas imperfeições gritam tão alto ao mundo alheio, que as mesmas se predispõem às nossas qualidades.


O interessante, e que nós não largamos os nossos defeitos porque não queremos, mas porque fazendo isso estaremos deixando de lado uma imagem construída ao longo de nossa vida, a imagem de que nós somos ótimos do nosso próprio jeito.


Engraçado essa forma de pensar, porque isso nos leva claramente a ideia de que o que importa e nós nos sentirmos bem, e não fazer o outro se sentir bem. Afinal, nossas imperfeições podem incomodar muito os outros.

Não se trata de altruísmo. Se trata de fazer os outros se sentirem bem, para que o ambiente em que vivemos fique melhor. Isso e reciprocidade, se tratamos os outros bem, seremos tratados bem, o que torna o meio em que construimos nossa vida fique muito mais convivível.




Obrigada amigos leitores, por ler estas pequenas ideias que venho trabalhando comigo mesma ao longo do tempo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeira vez postando alguma coisa em um blog. Que divertido!

"Numa difícil escolha a ser tomada, a razão te mostra todos os caminhos, e o amor te guia ao melhor deles."

Nossa vida é composta de oportunidades, que algumas vezes implicam em escolhas.
Agir pela razão é uma ótima coisa a se fazer, quando você deixa ela simplesmente te mostrar todas as suas opções, pois ela nunca será capaz de decidir o melhor caminho a seguir.

A nossa razão faz-nos chegar as conclusões de tudo o que podemos fazer com nossa vida de acordo com o nosso conhecimento ou de acordo com o que buscamos aprender. Admito que sim, a melhor coisa a se fazer é buscar opções, sempre. Elas nunca aparecem de repente. Devemos ser racionais ao escolher nossos caminhos, ao analisar nossas oportunidades e o que podemos fazer com elas.

O amor é o sentimento pelo qual devemos tomar decisões, pois ao deixá-lo de lado, abrimos uma enorme porta para sensações como raiva, desespero e insanidade adentrarem nosso coração, fazendo com que tomemos nossas decisões baseadas nelas, o que nos leva ao posterior arrependimento doentio.

Pensar e decidir com amor devem ser nossas prioridades. Depois disso, é so tomar a coragem de contrariar as ridículas atitudes mais usuais que vemos e agir de acordo com a melhor decisão que tomamos.

Obrigada pelo tempo e atenção de todos que leram esse pequeno texto, onde proponho apenas algumas de minhas idéias.